segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Por ser amor invade e fim?


O que incompreensível não é mesmo para se entender, certo!? Não!

É por falta de pouco saber o que tenho a dizer, mas, tenho de dizê-lo. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade... Diga-me quem vive um amor impossível? Ninguém aceita amar sem uma razão!

Pessoas apaixonam-se por uma questão de prática, dá-se jeito, se dão bem e não se chateiam muito ou talvez só por causa daquilo.

Fazemos contratos pré-nupciais... O amor passou a ser passível de ser combinado. 

O amor transformou-se numa variante de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é medida no termômetro do possível. O amor verdadeiro que há e será se há?

Farta de conversas, compreensões e conveniências. Nunca vi namoros tão comodistas como os de hoje, incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia.

Somos a geração, pós “Era de Aquário", os hippies nos ensinaram a amar incondicionalmente, só esqueceram-se de avisar para não tornar isso tão usual. Nunca tivemos na história da humanidade tanto amor, nas músicas, nas novelas, quantos “Eu te amo” você ouviu hoje? Quem de verdade te ama? Tornou-se usual, fatídico e repetitivo.

Atitudes mensuradas na reciprocidade, quem vai ser o primeiro a dar as cartas? Esta démodé mostrar que se gosta de alguém?

O amor não é para ser só ou e ou a ajudinha, o alívio, o repouso, o intervalo, a pausa que refresca ou pronto-socorro de seus medos.

A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um fim é seguir...

O amor é uma condição, tem tanto a ver com a vida é um estado de quem se sente é seguir o que não se sabe. O amor é uma necessidade e por isso fazemos dele uma ilusão?

Ama-se alguém pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca¹.”

A vida dura à vida inteira, o amor talvez não. Estar com alguém pela companhia por uma razão, não vale à pena, ficar apenas com o melhor de cada pessoa que passa pela vida, pode ser uma opção, mas qual a graça de já saber o fim da estrada?
 
¹ Jabor, Arnaldo - Crônica sobre o Amor